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Os riscos da automedicação em tempos de COVID-19

Mesmo com tanta informação na mídia a automedicação ainda é um problema muito comum, principalmente durante a pandemia que estamos vivendo. Em virtude do medo e do desespero as pessoas acreditam em qualquer informação sem buscar ajuda de um profissional da saúde e findam automedicando-se. Porém, o uso de medicamentos por conta própria pode esconder os sintomas da Covid-19 e protelar o diagnóstico de outras doenças.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem estar relacionadas à automedicação, pois o uso indevido de medicamentos pode resultar em reações adversas, intoxicação, resistência medicamentosa, agravamento de doenças e etc. Analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios e fitoterápicos estão entre os que mais intoxicam.


Profissionais que trabalham em drogarias tem percebido uma busca desenfreada por vermífugos, antivirais, antibióticos e anticoagulantes. Além disso, o isolamento social também influenciou, significativamente, no aumento da busca por antidepressivos e ansiolíticos, considerando-se que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a população brasileira é a mais deprimida da América Latina. Durante a pandemia também aumentou a procura por suplementos, como vitaminas e minerais para fortalecer a imunidade e prevenir a infecção pelo vírus. Esses suplementos parecem simples, no entanto, podem interagir com outros medicamentos e gerar efeitos colaterais.


A ivermectina é um medicamento para combater verminoses e parasitas, como piolhos, pulgas e carrapatos. Ela age sobre o sistema nervoso central dos vermes e parasitas, provocando paralisia. No dia 23/07/2020 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou que a ivermectina passou a ser um medicamento de controle especial, ou seja, só pode ser comprada com receita médica.


O objetivo dessa restrição é controlar a compra desordenada desse medicamento que têm sido anunciado como profilaxia e cura da Covid-19, mesmo que não exista comprovação científica para essa explanação. Além disso, essa medida irá garantir que a ivermectina não falte para pacientes que realmente precisam dela sob prescrição médica. Este é um ótimo exemplo de uso irracional de medicamentos, pois inúmeras pessoas têm ignorado a falta de evidências científicas sobre eficácia da ivermectina contra a Covid-19 e estão utilizando-a indiscriminadamente.


FONTES:


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